segunda-feira, 22 de junho de 2015



permaneces aqui
e a tua voz é este silêncio
que fecunda as paredes da casa
e grita a tua ausência a cada dia
permaneces em mim
e os teus passos ecoam nos lugares
trancados no tempo
povoam meus sonhos agrilhoados
permaneces
no odor lilás da glicínia 
cosido à alma dos dias
e das madrugadas frias
estás em mim
               como água que não mata               
esta insaciável sede de ti


alexandra, fevereiro, 2015

2 comentários:

A.S. disse...

É uma sede que não cessa,
transcende e enlouquece,
atrai e arrebata,
que nos faz viver
e de prazer nos mata!


Beijos,
AL

Jaime Portela disse...

Há sedes assim...
Excelente poema, minha amiga.
Abraço.